Estudando literatura atrevi-me a um soneto
Sempre achei muito para mim
domar os pensamentos, organizá-los assim
obedecendo a tercetos e quartetos
Minha escrita cotidiana chamo de prosa versada
Não obediente aos padrões de métrica, mas as vezes ritmada
Já estou no sétimo verso, faltam só metade
tanto é o que quero dizer e não digo nada em verdade
Temo estar imitando Gregório de Matos (não sou ninguém)
No seu soneto ao conde de Ericeira D. Luís de Meneses*
Entretanto não comecei meu soneto em gabo (irônico) de alguém
Metalinguístico, intertextual, melhor do que esperava, confesso
fruto de tentativa, semi-êxito, já é bom
não imaginava ao menos conter-me ao décimo quarto verso.
Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo:
A sexta vá também desta maneira,
na sétima entro já com grã canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.
Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.
Gregório de Mattos
Sempre achei muito para mim
domar os pensamentos, organizá-los assim
obedecendo a tercetos e quartetos
Minha escrita cotidiana chamo de prosa versada
Não obediente aos padrões de métrica, mas as vezes ritmada
Já estou no sétimo verso, faltam só metade
tanto é o que quero dizer e não digo nada em verdade
Temo estar imitando Gregório de Matos (não sou ninguém)
No seu soneto ao conde de Ericeira D. Luís de Meneses*
Entretanto não comecei meu soneto em gabo (irônico) de alguém
Metalinguístico, intertextual, melhor do que esperava, confesso
fruto de tentativa, semi-êxito, já é bom
não imaginava ao menos conter-me ao décimo quarto verso.
*
Ao conde de Ericeira D. Luis de Meneses pedindo
louvores ao poeta não lhe achando ele préstimo
algum
Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo:
A sexta vá também desta maneira,
na sétima entro já com grã canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.
Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.
Gregório de Mattos
este texto na verdade, não é um soneto
porque não segui a regra (primordial) de métrica..
mas é uma tentativa, distração, brincadeira com as palavras.. um dia com as técnicas aprendidas escreverei um soneto de fato =) =*
foi buscar inspiração lá no barroco Nick... rs
foi muito longe!
para se aprimorar mais nos sonetos, sugiro que leia vinícius de moraes, nosso poetinha foi um craque nesse estilo!
beijos...
eh vdd lelê ^^ o cara manda mtooo ..
ehehhe na verdade isto está beem longe de ser um soneto neh rs.. mas me aprimorarei ;)
quem sabe daqui a umas 5 existências eu chego aos pés de Vinícius.. shausausha
beijoss !!
*-*