I@smine


A palavra que definiria o dia de hoje seria nostalgia, eu adoro essa palavra mesmo antes de conhecer seu significado. De uns tempos para cá andei observando seu emprego em tanta frase sem nexo que me causou um incomodo profundo, minha vontade era retirá-la dali, pegá-la no colo, colocar em um contexto que lhe valorize e respeite. Cada palavra merece carinho e neste momento começo a pensar com pesar, em tantas que já devo ter destratado por aí.
Agora perdi o interesse em usá-la e preciso de outra palavra para definir meu dia, o qual passei vendo fotos de amigos que não tenho mais, momentos que não voltam.  Talvez a palavra seja saudade. Lembro dos votos de amizade para sempre, era confortante pensar em um futuro repleto de bons momentos com aquelas pessoas. Ainda que tenha acabado mais cedo do que eu imaginava não me arrependo das promessas esperançosas de eternidade. Mas foi o tempo, costumamos mesmo culpá-lo pela nossa incapacidade de preservar amizades e sentimentos. Outras pessoas continuaram a fazer parte da minha vida, as que nos unimos pelo laço do espírito, que a fragilidade da matéria não abala, penso nisso e logo me sinto mais leve.
Ainda defendendo que nas palavras cabe dos sentimentos mais superficiais aos mais profundos, devo admitir que há momentos tão marcantes que simplesmente se torna difícil definir em vocábulos. Não porque as palavras sejam insuficientes, mas porque a euforia do sentimento latente dificulta combiná-las de modo a expressar exatamente o que se sente. Tentamos encontrar palavras bonitas para causar impacto e tentar atingir a profundidade, hoje tento ser mais vigilante e não refém da vontade de dizer tudo e por não conseguir fazê-lo, arremessar palavras como “nostalgia” em um contexto inadequado.
O que aprendi com este dia é que ninguém chega ao fundo sem antes transpor a superfície, assim são com os momentos que antes de virar memórias foram vivência; com as amizades duradouras que antes de ser criado o laço verdadeiro de união foi necessário descobrir um ao outro pouco a pouco; com as palavras que para que consigam atingir o íntimo de quem lê precisam estar inseridas em um contexto iniciado em idéias mais sutis. Assim é com toda a vida na caminhada evolutiva, hoje somos pequenos nadando nas águas mais rasas do oceano da vida, maiores do que ontem quando estávamos ainda na superfície e menores do que amanhã quando chegaremos ao objetivo tendo em vista os valores mais profundos.
I@smine

Todos os dias andando por longo caminho da escola ao ponto de ônibus atentei-me a cada movimento de quem passava por mim. Algumas pessoas tão extrovertidas, com andar confiante e cabeça altiva entre os amigos, quando sozinhas misturam-se a uma maioria semelhante, de andar desconfiado e olhar perdido ou atento ao chão.  Umas tentam transmitir superioridade, como se estivessem ótimas sozinhas e  não desejassem qualquer aproximação. Sei que a maioria preferia estar acompanhada, os que assim estão, por sua vez, querem exalar satisfação e mostrar que estão inseridos em um grupo e como isso é bom.
 Chegando ao ponto, pensei em algo mais interessante, cada ônibus que passa ligeiro recolhe e despeja passageiros ansiosos para chegar em seus destinos e muitos olham pela janela do coletivo e observam os que ainda aguardam sua vez. Peguei-me como exemplo, cada pessoa observa um momento de mim. Para os passageiros do suplementar para quem observou, no mínimo imaginou-me antipática, o sol havia refletido em meus olhos e naquele curto intervalo me viram de cenho fechado.  Os do intermunicipal talvez tenham me achado simpática, pois estive naquele momento conversando animada com uma gentil senhora de meia idade. Os do meu ônibus provavelmente me julgaram preocupada com meu cabelo que ao entrar no ônibus atrapalhou-se com todo aquele vento, deixando muito aflito o ser vaidoso que habita em mim. 
Talvez este exemplo não tenha sido o melhor para chegar aonde eu desejo, que consiste na idéia de que basta um simples momento para tirarmos inúmeras conclusões sobre alguém.
Não estou dizendo que aquelas pessoas deviam ter decido de seus ônibus e vindo à mim conhecer minha real personalidade, apenas que julgamos o tempo todo sem conhecer. Não somos compreensivos de modo a pensar que talvez aquele não seja um bom dia para aquela pessoa, ou apenas um momento, não abrimos espaço para mudar de opinião, não nos damos conta de que todos têm sua beleza que não precisa estar de acordo com nosso ponto de vista particular.
  É interessantíssimo observar o ser humano, que cobre com fantasia a fragilidade interior, que tem sempre algo bom e ruim para oferecer, que sente e muitas vezes administra mal os sentimentos, que tantas vezes passa a vida sem observar uns aos outros para tentar entender as diferenças, criticar menos e auxiliar sempre. Que tantas vezes observa apenas de longe e não faz questão de conhecer o universo particular das outras pessoas, que julga como verdadeiro o ditado “a primeira impressão é a que fica” e se limita a essa errônea idéia.
I@smine


Dediquei alguns minutos do meu agitado dia a olhar o movimento de inúmeras formigas que andavam pela parede. Não me contive, observei tão de perto que pude ver suas estruturas, pequenas, mas ágeis, simpáticas até.
Uma delas seguia seu caminho rumo a um inseto refém de outras quatro que, em conjunto carregavam o corpo inerte para as entranhas de meu quarto. Esta formiga encontrando com outra companheira dedicava cerca de dois segundos para um encontro fraternal, pelo menos é o que parece a meus olhos, quanta educação e simpatia, elas parecem conversar. Depois de um tempo observei que todas seguiam a mesma lógica, fiquei admirada. Mais ainda, ao pensar que em três milímetros de vida cabe um sistema que é capaz de fazê-la andar e se organizar. Nós somos tão maiores que elas, temos um organismo muito mais complexo e tantas vezes passamos pelos outros com indiferença, evitamos o trabalho em equipe.
Comecemos a analisar a natureza e de tão interessante que se manifestam as formas de vida nos sentiremos motivamos a agir diferente, fazendo uso do raciocínio contínuo que, contradizendo o conhecimento e a verdade, parece tantas vezes mais presente no instinto dos animais do que na sapiência dos homens. 
I@smine
 Neste momento relendo alguns textos de própria autoria, relembrei das aulas de estudo de obra, preparatórias para concursos, que é um tema que venho pensando desde que conversei com minha irmã mais velha sobre tal. Escrever está se tornando um vício tão grande, que não resisti mesmo com um sono entorpecente e tendo que despertar a aproximadamente quatro horas. Tentarei ser sucinta, ou este texto pode se dar por inacabado.
 Estava lembrando das provas de português, mais especificamente, a parte literária onde se tem geralmente uma ou mais obras contempladas em diversas perguntas. O interessante, é que muitas pedem uma resposta lógica de coisas como: “O que o autor quis dizer com trecho x”, o que desperta em mim certo desconforto, afinal por um acaso alguém andou entrando na mente do autor para saber ao certo? Não nego, que por todo o contexto dá para se ter uma noção da intenção do escritor, porém ninguém saberá exatamente o que ele quis dizer, as vezes nem o próprio dono da obra se lembra do que pretendia naquele exato momento, e isso não é um erro, não é sempre que um texto é de todo profundidade sentimental; há instantes que ele se inicia do nada, numa superficialidade que daí, se houver um envolvimento, começa a entrar no íntimo das idéias, mais elaboradas e dotadas de subjetividade.
 Quando digo “idéias superficiais” não pretendo passar a idéia de insignificância, pois simplesmente há coisas que não precisam ser aprofundadas para serem compreendidas. Você não precisa mergulhar ao fundo do oceano para saber que o mar é lindo. Há momentos que colocações ligeiras bastam, outros não.
 Mas as provas exigem que saibamos ler as entrelinhas, o que é interessante quando não somos induzidos a pensar de tal ou tal forma, que a comissão organizadora julga correta e o que pode te colocar dentro ou fora de uma universidade. Mas se baseiam em quê para tanta certeza? Claro que leigos não são. Fizeram toda uma análise prévia e minuciosa da obra até uma conclusão. Mas a escrita não é uma ciência exata, não precisa seguir uma lógica e está aberta a inúmeras interpretações que não dão direito a ninguém julgar. 
Outro caso é que daqui a uns anos posso não concordar com nada escrito até agora, e então, nesta data futura me perguntarem o que eu quis dizer com tudo isso, de opinião mudada e fundamentada em outros aspectos, posso nem lembrar _no sentido de não desejar lembrar, minhas antigas pretenções. E aí perguntar a outra pessoa o que eu desejei afirmar chega a ser ridículo.
 Mas sendo menos radical, também não cabe a eu condenar o que pensa a comissão organizadora da prova, esse é o trabalho deles. Ao elaborar tal questão talvez ela tenha apenas uma vontade imensa de testar o aluno se ele é capaz de seguir certa linha de raciocínio, a fim de formar alunos mais atentos aos detalhes e a mensagem subliminar de um trecho. Induzir os pensamentos foi a forma que eles encontraram.
 A verdade é que quando se trata de interpretar não há certo ou errado. As palavras abrem portas para a formação de uma mentalidade crítica e pessoal em cada indivíduo. Óbvio que bom senso deve ser usado na hora de ler e concluir, mas a literatura não se trata de um quarto fechado sem portas ou janelas.

*Arquivo* Escrito em 04 de fevereiro de 2009
I@smine

Ah homens, como podem ser capazes de enlouquecer uma mulher. Tão cativantes com suas meninices, alguns ainda imaturos parecem simplesmente não desejar crescer, outros sonhadores, planejando futuro e trabalhando por ele com suas teorias, sua matemática e raciocínio.
 Homens com seus perfumes, que marcam, causam. Com sua mão e corpo quente que protege e acolhe. Com seu jeito de falar que hora seduz, hora irrita. Com sua barba por fazer ou bem feitinha inspirando inocência. Alguns tão práticos que se torna complexo entender tanta facilidade nas resoluções, outros complexos de mais com todo um ar de mistério.
 Homens que tem um jeito diferente de ajeitar o cabelo ou simplesmente não ajeitar. Tão intensos seduzem sem perceber com um simples jeito de olhar, falar, sorrir ou tentar não chorar. Preocupados, do jeito deles. Homens de terno, a coisa mais linda, com uma mão no bolso a chave do carro na outra para inspirar poder. Morenos, loiros, ruivos, de cabelo liso, cacheado, meio termo. Altos, medianos, baixos. Ah os baixos, como me encantam. Os inteligentes e estudiosos mostram seu lado organizado e interessado, fantástico. Os divertidos que nos fazer rir com piadas sem graça. Homens com suas histórias de traquinagens, encantadores. Homens de todos os tipos e jeitos para cada mulher sonhadora.
I@smine


Até onde vai a ciência?

A que ponto chegamos?
cientistas brincam de ser deuses
ao ponto de transpor os processos
naturais da criação...
As pessoas já não tem opinião
e se encantam com toda ciência
que parece não ter consciência
do que estão fazendo com a vida.
Descoberta incrível, não se pode
negar que o nível de evolução
nos processos, ainda que com
seus excessos é simplesmente inacreditável.
Se usada de modo a contribuir com a vida
com a cura de enfermidades, e até a satisfação
de pequenos caprichos, de fato há benefícios.
Mas clonar um ser humano está longe de ser
pequena realização.
O fato é que se faz realidade incontestável a dos
seres humanos clonados no futuro. Seguro é
que a ciência não vai descansar até alcançar
seu objetivo. Motivo?é instigante ver
onde se está e até onde se pode chegar.
Os avanços parecem não tem um fim exato e sempre
originarem uma idéia de algo ainda maior.
Mas as opiniões divergem e os pontos de vista
são inúmeros, que a nossa própria convicção
se perde em perguntas e poréns. Agora, por exemplo,
 me veio a mente,crente na existência da alma, que mal há em clonar
uma massa de células que ficará a deriva dos vermes
pouco tempo depois..?
A mesma inteligência usada no desenvolvimento e criação
não deve ser abandonada numa decisão de se por em
prática algo tão fantástico como a clonagem. A verdadeira
intenção é o que precisamos saber para julgar o processo,
uma ciência sem propósitos é poesia sem verso.
I@smine

Nos preocupamos excessivamente com detalhes pequenos de mais,
tais que nos atrapalham a ver o q eu realmente importa.
E se vai ficar tudo na terra, será que compensa a guerra pela posse da riqueza?
Tristeza é ver que temos consciência do que fazemos de errado e mesmo assim
Não colocamos na nossa mente que passou da hora de nos reformar intimamente e aproveitar essa curta passagem chamada vida.
E se você quer saber a hora de mudar suas atitudes, fazer brilhar suas virtudes, eu te direi que é agora.
Deus vê cada coisa que faz, “vá irmão, não peques mais” disse sabiamente Jesus que deve
Ser lembrado como muito mais do que um homem que morreu na cruz, mas
Como aquele que nos amou incondicionalmente.
Diferente é ver que o mesmo que diz acreditar na justiça de Deus crê que ele deu única oportunidade de vida para os filhos teus sem considerar que uma vida pode ser pouca
Para reparar nossos erros.
É chegada a hora, depois de tantas existências vamos em busca da verdadeira essência e sublimar a caridade, que em verdade se feita de coração, sobrepõe-se a qualquer sentimento de orgulho, egoísmo e vaidade.
Não sejamos hipócritas ao negar auxílio e construir nosso próprio exílio admitindo não precisar de ninguém. Vamos, eu preciso de você e você de mim, convide outros ao progresso, juntos é mais fácil crescer, curar vícios compreender. É possível tirar lições de todos os momentos.
Tenha coragem de mudar, cresça com a opinião alheia, estude, pesquise, leia, informe-se e transforme-se. O que chamamos de personalidade muitas vezes é orgulho enrustido, falta de coragem em sustentar uma nova opinião.
Conheça-se, confie em seu potencial, diga não ao mal sem hesitar, é preciso esforço, trabalho e perseverança o coração irá se transformar a partir do momento que buscarmos o conhecimento de um adulto e a simplicidade de uma criança.