I@smine
 Neste momento relendo alguns textos de própria autoria, relembrei das aulas de estudo de obra, preparatórias para concursos, que é um tema que venho pensando desde que conversei com minha irmã mais velha sobre tal. Escrever está se tornando um vício tão grande, que não resisti mesmo com um sono entorpecente e tendo que despertar a aproximadamente quatro horas. Tentarei ser sucinta, ou este texto pode se dar por inacabado.
 Estava lembrando das provas de português, mais especificamente, a parte literária onde se tem geralmente uma ou mais obras contempladas em diversas perguntas. O interessante, é que muitas pedem uma resposta lógica de coisas como: “O que o autor quis dizer com trecho x”, o que desperta em mim certo desconforto, afinal por um acaso alguém andou entrando na mente do autor para saber ao certo? Não nego, que por todo o contexto dá para se ter uma noção da intenção do escritor, porém ninguém saberá exatamente o que ele quis dizer, as vezes nem o próprio dono da obra se lembra do que pretendia naquele exato momento, e isso não é um erro, não é sempre que um texto é de todo profundidade sentimental; há instantes que ele se inicia do nada, numa superficialidade que daí, se houver um envolvimento, começa a entrar no íntimo das idéias, mais elaboradas e dotadas de subjetividade.
 Quando digo “idéias superficiais” não pretendo passar a idéia de insignificância, pois simplesmente há coisas que não precisam ser aprofundadas para serem compreendidas. Você não precisa mergulhar ao fundo do oceano para saber que o mar é lindo. Há momentos que colocações ligeiras bastam, outros não.
 Mas as provas exigem que saibamos ler as entrelinhas, o que é interessante quando não somos induzidos a pensar de tal ou tal forma, que a comissão organizadora julga correta e o que pode te colocar dentro ou fora de uma universidade. Mas se baseiam em quê para tanta certeza? Claro que leigos não são. Fizeram toda uma análise prévia e minuciosa da obra até uma conclusão. Mas a escrita não é uma ciência exata, não precisa seguir uma lógica e está aberta a inúmeras interpretações que não dão direito a ninguém julgar. 
Outro caso é que daqui a uns anos posso não concordar com nada escrito até agora, e então, nesta data futura me perguntarem o que eu quis dizer com tudo isso, de opinião mudada e fundamentada em outros aspectos, posso nem lembrar _no sentido de não desejar lembrar, minhas antigas pretenções. E aí perguntar a outra pessoa o que eu desejei afirmar chega a ser ridículo.
 Mas sendo menos radical, também não cabe a eu condenar o que pensa a comissão organizadora da prova, esse é o trabalho deles. Ao elaborar tal questão talvez ela tenha apenas uma vontade imensa de testar o aluno se ele é capaz de seguir certa linha de raciocínio, a fim de formar alunos mais atentos aos detalhes e a mensagem subliminar de um trecho. Induzir os pensamentos foi a forma que eles encontraram.
 A verdade é que quando se trata de interpretar não há certo ou errado. As palavras abrem portas para a formação de uma mentalidade crítica e pessoal em cada indivíduo. Óbvio que bom senso deve ser usado na hora de ler e concluir, mas a literatura não se trata de um quarto fechado sem portas ou janelas.

*Arquivo* Escrito em 04 de fevereiro de 2009
7 Responses
  1. Hummmmmmmmm
    amei o blog e os textos...
    Parabéns...
    Sucesso.
    Bjus


  2. I@smine Says:

    Brigada princess =D
    amém amém.. secesso para nós !
    Beijoss


  3. Anônimo Says:

    Oi Nick!
    Parabéns pelo blog!
    Também mantenho um, o Versos de Cor.
    Na rede adoto o pseudônimo de Fouad Talal.

    Um beijo,
    seu ex-cunhado...rs


  4. Anônimo Says:

    Ah!
    Por sinal, você escreve que é uma beleza hein?
    Escrita limpa, conduz nosso raciocínio de forma clara. Parabéns!

    Depois passa lá no Tertúlia Pão de Queijo. É um blog que reune escritores e poetas mineiros, tá legal também.

    outro beijo.


  5. I@smine Says:

    ooii Lele!!
    nossaa q chiquee seu blog!!!!!
    sem comparação ! parabéns msm !
    obrigada =D fico mto feliz em saber disso!!!
    beeijos!!


  6. Érick Says:

    Ei, bein! Concordo com você, hein! Como saber o que o autor pensa?

    Mas talvez seja apenas uma forma mais clara de perguntar o que o trecho diz, sem perguntar a opinião do leitor, já que ninguém pode perder ponto por dar sua opinião numa questão que pede sua opinião...

    Sei lá. Justamente por não ser uma coisa exata, não sou bom com escrita e prefiro matemática. xD

    Beijos!


  7. I@smine Says:

    eeeii bein!!!
    neh?
    pois ehh exatamente ! rs
    ahh não eh bom? vo nem falar nada.. c escreve mtooo beem bein !
    sério msm !
    e não, matématica não eh legal rsrsrs
    beijoss!


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