Como toda pessoa comum vivo a
fazer pequenos planos para essa existência breve. Já pensei em entrar em aulas
de canto, mas por ser puramente exaltação da vaidade é plano para um tempo
extremamente livre que provavelmente não terei. Tento tocar violão porque amo a
melodia dos acordes, mas me falta paciência. Quero resultados imediatos e deste
modo não concluo uma canção.
Tudo bem, por agora resolvi aceitar
que não canto, não toco, escrevo! Talento , talvez talento, que não se mostra
em um show e nem atinge a todos. Talento de poucos... Tantos são os que pensam
tê-lo e na verdade... Eu o tenho? Não há segredo em escrever o que se sente,
então se sinto logo escrevo e é essa a minha arte. Arte? Parte do meu ser
desvelado, despido, escrito e nada mais.
Escrever é saída quando do mundo estou exausta e se faço parte do mundo, por hora, de mim também
me canso. Cansada de atitudes mesquinhas que tenho procuro algo bom dentro da
alma, todos têm. Eu gosto do que faço. Desde que me desvinculei de termos como
“incomensurável” aprendi que escrever é muito mais do que juntar palavras
bonitas, porque não se aprende de fato, se vive.
Não minto, entretanto, ter amado
descobrir que quando proseava sobre o processo de escrever aquilo tinha um
nome. Eu era metalinguagem e não sabia. Citei autores e frases e hoje sei que
eu era intertextualidade. É como se contassem à borboleta que o bater de suas
asas tem um substantivo que o designa e até mesmo teorias que o envolve. Era
tudo tão natural e de repente, cientificidade!
E quanto mais eu conhecer e mais
souberem que conheço, mais cobrarão de minha literatura. Minha literatura sou
eu e por mais regras que aprenda é a semântica do meu ser que fala mais alto.
Não cobre do meu ser seguir padrões, eu poderia até tentar, mas seria
artificial e meu texto seria industrializado, transgênico. E essa é minha arte.
Arte! Porque é o que faço com mais amor e é natural como o bater das asas da
borboleta: simples complexidade, voluntariedade involuntária... Dito isso e sou
paradoxo!
Ain amiiiiiga....mais um texto liiindo.
Suceeesso prs você liinda.
beijão
Saudades
Oi Iasmine, conheci seu blog a partir de um amigo seu do Cacs. Gostei muito de sua escrita, sempre que possodou um aolhada aki. Caso se interesse por poesia, dê um apassada no meu blog (http://trapospoeticos.blogspot.com/).
Abraços. Guilherme.
Para te inspirar Iasmine, uns versos de um poeta que eu admiro muito:
"A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um sabiá
Mas não pode medir seus encantos.
A ciência não pode calcular quantos cavalos de força
Existem
Nos encantos de um sabiá.
Quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar: divinare.
Os sabiás divinam."
Manoel de Barros
Bjos querida.
Amigaa obrigada por prestigiar-me sempre! *-*
Guilherme, seja bem vindo ! Estou te seguindo e deixei uma mensagem no seu blog!=)
Lele, vc sempre com reflexões úteis e inspirações.. obrigada meu amigo! refletirei sobre esses versos..
beijos a todos!
Nossa! Que texto lindo! Eu gosto muito de um poeta que talvez você não o conheça ainda...
" Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas."
Pablo Neruda
Que lindo Pri! Já li alguns poemas de tal autor, mas este é inédito para mim.. "(...) sê o melhor no que quer que sejas..."